Médicos e enfermeiros entram em contato com mais pessoas doentes do que qualquer outro profissional, mas raramente ficam doentes.
Assim como nós, eles têm um trabalho duro e estressante, mas não podem se dar ao luxo de pegar doenças. Então, como eles fazem para prevenir? Além de lavar as mãos depois de receber cada paciente, eles têm outros truques simples, e hoje nós te convidamos a aprender 08 deles para ficar o mais saudável possível ao longo do ano.
1. Eles não colocam a mão o rosto
Normalmente, a transmissão de doenças é feita através das mãos, nariz, olhos e boca, afirma Nicoleta Constantin, enfermeira de vários hospitais da Carolina do Norte. Não tocar o rosto virou um hábito, e quando ela precisa coçar o nariz ou qualquer outra parte do corpo, ela usa um tecido ou seu antebraço.
Além disso, o Dr. Louis J. Morledge, de Nova York, observa que, se você gosta de roer as unhas, deve se esforçar ao máximo para acabar com esse hábito desagradável – existem diversas bactérias debaixo das unhas e colocá-las em sua boca é uma maneira infalível de permitir que elas entrem em seu organismo.
2. Eles mantêm uma boa higiene, mesmo após o horário de trabalho
Os médicos e enfermeiros estão acostumados a lavar as mãos após o contato com os pacientes, e mantêm o hábito mesmo após o horário de trabalho, quando não entram em contato com outras pessoas. “Existem muitas bactérias desagradáveis na academia”, diz Jocelyn Freeman, uma enfermeira do Arizona.
Ela sempre lava as mãos com água e sabão assim que chega em casa. Vale lembrar que o desinfetante para as mãos não elimina as bactérias sozinho; ele reduz o número de micróbios, mas não os eliminam. Além disso, ela recomenda limpar a alça do carrinho de compras com um lenço umedecido antibacteriano. Um estudo publicado em 2012 mostrou que 72% dos carrinhos de compras continham bactérias nocivas, das quais 51% são bactérias E. coli.
3. Eles evitam o açúcar
“Pessoalmente, eu me sinto melhor e evito doenças quando evito a ingestão de açúcar”, diz Michelle Katz, enfermeira e autora do livro Healthcare Made Easy. Recomenda-se que, pelo menos durante o inverno, quando o efeito é maior, você evite doces e açúcares o máximo possível, porque o açúcar impede que os glóbulos brancos “sufoquem” as bactérias e os vírus que prejudicam nossos corpos.
Segundo Katz, para mulheres é recomendado consumir menos de 6 colheres de chá de açúcar por dia, e homens menos de 9 colheres de chá de açúcar. Para comparação, uma lata de refrigerante comum contém cerca de 10 colheres de chá de açúcar.
4. Eles procuram ficar ao ar livre o máximo possível
Em um hospital – um lugar onde o ar é geralmente cheio de bactérias – o ar livre se faz necessário, pois faz as pessoas se sentirem bem e respirarem um ar mais puro. Claire Schuster, enfermeira de um hospital de Nova York, observa que, quando pega o ônibus para casa, desce uma parada antes da mais próxima a sua casa, pois assim consegue respirar outros ares e caminhar. “Este é um hábito importante, mesmo que você se sinta exausto depois de um longo dia de trabalho”, diz ela.
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De acordo com um estudo realizado na Appalachian State University, uma caminhada de 30 a 45 minutos aumenta o número de células imunológicas que se movem no sangue, reduzindo o risco de adoecer em 40%, e se você evita sair em dias frios, saiba que o motivo pelo qual muitos de nós adoecemos no inverno não é necessariamente devido ao tempo frio, mas ao fato de que passamos mais tempo em espaços fechados por causa disso. É claro que você não precisa sair se estiver congelando, mas deve arejar sua casa com frequência para garantir que o ar circule bem.
5. Eles consomem probióticos
Cerca de 60-70% da nossa atividade do sistema imunológico ocorre nos intestinos, e como Alexander Rinehart, um nutricionista certificado gosta de dizer: “Seu intestino é uma barreira entre o mundo externo e o mundo interno de seu corpo”. Esta barreira é coberta de bactérias saudáveis que previnem infecções.
Essas bactérias amigáveis nos ajudam a quebrar a comida e também previnem doenças dos alimentos que elas quebram antes de serem absorvidas pelo corpo. Em muitos estudos, verificou-se que suplementos probióticos ajudam a prevenir resfriados, mas além de consumir probióticos em forma de pílula, existem muitas maneiras diferentes de fazê-lo, como através de sua comida.
6. Eles tratam a parte mental também
Fazer terapia e escrever um diário são algumas das maneiras pelas quais Ashley Leak Bryant, PhD em Enfermagem e professora assistente na Escola de Enfermagem da UNC em Chapel Hill, ajuda a libertar a mente do estresse de seu trabalho, bem como ansiedades e medos que vêm junto com ele. Ashley trabalha em um departamento que trata pacientes com câncer e enfrenta vários desafios difíceis todos os dias.
Ela diz que esses hábitos são vitais para ela e muitos estudos confirmam isso. De acordo com um estudo da Universidade do Texas, usar um diário ajuda a fortalecer as células do sistema imunológico, e outro estudo mostrou que a mesma ação também pode reduzir os sintomas de asma e artrite reumatoide.
7. Eles fazem exercícios moderados
“Depois de um exercício moderado a intenso – por exemplo, correndo por 40 a 60 minutos sem parar – há um espaço de 72 horas durante as quais seu corpo está se recuperando, e esse é um momento em que as pessoas ficam suscetíveis a adoecer”, diz o Dr. Scott Weiss, que tratou atletas na NFL, NHL, WNBA, e fez parte da equipe de medicina esportiva nos Jogos Olímpicos de Atenas e Pequim.
Um estudo realizado na Appalachian University descobriu que esforço extremo aumenta as chances de atletas que sofrem de doenças relacionadas ao trato respiratório superior, devido ao aumento da secreção de hormônios epinefrina (adrenalina) e cortisol, que causam alterações no funcionamento do sistema imunológico. Se você se exercita regularmente, evite exercitar o corpo 72 horas após o término de um exercício difícil e árduo ou pratique exercícios leves que também possam fortalecer seu sistema imunológico.
08. Eles são otimistas
Isso pode parecer banal, mas uma abordagem otimista pode realmente fortalecer o sistema imunológico. Em um estudo publicado em 2006, os pesquisadores deram gotas nasais de influenza a 193 participantes, entre as idades de 21 a 55 anos, e descobriram que as pessoas mais otimistas ficaram muito menos doentes do que as que eram pessimistas, e até se recuperaram mais rápido.
O otimismo também ajudou Paige Roberts, uma enfermeira, e diretora da enfermaria cirúrgica em um hospital em Nova York, que no final de cada dia de trabalho escreve, juntamente com as outras enfermeiras, coisas boas que aconteceram a eles naquele dia em um caderno conjunto.
Depois de quatro anos fazendo isso, Paige e sua equipe escreveram cerca de 7 mil coisas boas que aconteceram com eles. “Quanto mais você reflete sobre coisas positivas, mais você as vê”, diz Roberts. Se você não quiser ou puder fazer isso em grupo, tomar notas mentais de coisas boas que aconteceram com você todos os dias é mais que suficiente. Isso te ajudará a manter uma atitude mais otimista e a adoecer menos
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