Uma das coisas mais desafiadoras para pais e professores é saber como e quando tomar atitudes mais exigentes na hora de disciplinar uma criança. Castigar resolve?
São João Bosco, também conhecido como Dom Bosco, sabia muito bem qual era o tamanho desse desafio. Ele mesmo dedicou a vida toda à formação de meninos e jovens, muitos deles rebeldes que exigiam enorme autocontrole do educador!
E não apenas ajudou centenas de jovens desfavorecidos a se tornarem homens de bem, mas também formou formadores, conseguindo assim multiplicar o efeito educador.
Nas suas cartas, ele estabelece um “sistema preventivo”. A ideia é predispor “os alunos a obedecerem não por medo, mas por convicção. Neste sistema, a força deve ser excluída: no seu lugar, a caridade deve ser o principal propulsor da ação”.
Aqui vão 7 conselhos deste grande educador aos seus professores, para orientar as crianças no caminho da virtude:
1) O castigo deve ser o último recurso
Muitas vezes, é fácil perder a paciência e ameaçar a criança em vez de educá-la. Até São Paulo tinha essa tentação: ele se lamentava de como alguns convertidos à fé retornavam facilmente aos hábitos inveterados; no entanto, suportava esses desafios com paciência tão zelosa quanto admirável. Este é o tipo de paciência de que precisamos ao lidar com os mais jovens.
2) O educador tem que se esforçar para ser amado pelos alunos caso deseje obter o seu respeito
O amor se mostra nas palavras e, mais ainda, nas ações, com todos os cuidados direcionados ao bem-estar espiritual e temporal dos alunos.
3) Exceto em casos raríssimos, correções e punições não devem ser dadas em público
Somente casos graves de prevenção ou reparação de escândalos justificam correções ou punições públicas. Em todos os demais casos, deve-se preservar a privacidade. Afinal, trata-se de educar, não de humilhar.
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4) Violência? Castigos físicos? Devem ser absolutamente evitados
Em vez de educar, eles machucam não só fisicamente – além de rebaixarem a reputação e a respeitabilidade do suposto educador.
5) As regras de disciplina, bem como as suas respectivas recompensas e punições, devem ficar bem claras para o educando, de modo que ele não possa alegar que não sabia
Em outras palavras, as crianças precisam de limites claros. Ninguém se sente seguro se estiver voando às cegas.
6) Seja exigente nas questões de dever, firme na busca do bem, corajoso na prevenção do mal, mas sempre gentil e prudente
A impaciência expande o descontentamento até entre os melhores. A caridade triunfa onde a severidade encontra o fracasso. A caridade é a cura, embora possa parecer (e ser) lenta. Daí a necessidade, de novo e sempre, de paciência, paciência e paciência.
Não se trata de ser frouxo, leniente, conivente. Já foi dito que é preciso estabelecer regras e limites claros. A paciência não consiste em tolerar a indisciplina, mas em educar na disciplina com respeito, apesar da tentação de explodir e partir para os gritos, castigos e até para punições físicas.
7) Para ser verdadeiros pais e mestres, não devemos permitir que a sombra da raiva escureça o nosso semblante
A serenidade deve brilhar em nossas mentes e nossa fronte, dispersando as nuvens da impaciência. O autocontrole deve governar todo o nosso ser: mente, coração, lábios, mãos… Se alguém está errado, esse alguém precisa de ajuda e acompanhamento.
Fundamental para acompanhar todos esses conselhos:
A humilde oração a Deus é imprescindível e fará uma diferença notável, que edificará e iluminará!
Fonte:Aleteia
Autor: Philip Kosloski