O universo sombrio de Ryan Murphy explora emoções contraditórias e fascinantes. Em suas obras, como *American Crime Story*, *American Horror Story* e *Halston*, ele mergulha sem censura em casos criminais chocantes, misturando violência para tentar entender a motivação por trás de ações grotescas. Em *Dahmer: Um Canibal Americano*, Murphy, junto com Ian Brennan, examina o caso de Jeffrey Dahmer, que seduziu, matou e canibalizou 17 jovens negros e asiáticos. A série vai além do racismo e busca possíveis razões para seus crimes.
*Dahmer* humaniza o assassino, mostrando suas falhas e tentando entender o que o levou a cometer tais atrocidades. Ao longo dos 19 episódios, a narrativa explora sua relação com a família disfuncional e sua crescente violência, com destaque para a primeira vítima em 1978. O comportamento predatório de Dahmer se torna um fetiche simbólico, enquanto a série foca nas vítimas, como Tony Hughes e a vizinha Glenda Cleveland, que tenta denunciar o criminoso.
As interações entre Evan Peters e Niecy Nash são um ponto alto da série, com suas performances intensas. O desfecho brutal remete à vingança racial, com a morte de Dahmer nas mãos de um detento afro-americano, Christopher Scarver, que o matou em 1994. A série termina com uma reflexão sobre a natureza humana, sugerindo que talvez nada, nem mesmo as leis antigas, possa deter a violência.
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