James Harrison, o “Homem do Braço de Ouro”, morreu aos 88 anos em uma casa de repouso na Austrália, em 17 de fevereiro. Ele foi conhecido por salvar mais de 2,4 milhões de bebês com seu sangue raro, devido a um anticorpo essencial para prevenir doenças em recém-nascidos. Sua morte foi confirmada por familiares e pela imprensa.
Em 2005, Harrison foi reconhecido pelo Guinness World Records como o maior doador de plasma sanguíneo do mundo, recorde que foi superado em 2022. Ele começou a doar após receber 13 transfusões de sangue em 1951, quando tinha 14 anos, e descobriu que possuía o anticorpo anti-D, essencial para prevenir a doença hemolítica em recém-nascidos.
Apesar de seu medo de agulhas, ele fez 1.173 doações ao longo de mais de 60 anos. Harrison foi uma figura importante para o Serviço de Sangue da Cruz Vermelha Australiana, que destacou sua dedicação em salvar vidas, especialmente de bebês em risco.
“Não sei como agradecer”, diz mãe que recebeu injeções com anti-D
Durante as doações, James Harrison fez fotos e vídeos com mães de bebês que receberam injeções produzidas com seu plasma. Uma das mães agradeceu emocionada: “James, graças a você e ao banco de sangue, eu pude ter meus bebês. Não sei como agradecer.” Outra mãe o comparou a “um anjo”, mostrando sua filha de dois ou três anos.
O neto Jarrod Mellowship contou que sua mãe, Tracey, filha de Harrison, também precisou do tratamento durante os nascimentos dele e do irmão. Além disso, a esposa de Jarrod recebeu as injeções enquanto esperava três de seus quatro filhos.