Por Edson Alkontar
Volta aqui, mãe!
Vem desviar aquele vento que me faria mal, vem cuidar de eu não comer manga com leite, vem fazer eu tomar a emulsão de Scott pra ficar forte.
Vem me vestir o pulôver, mesmo que o frio ainda esteja “querendo” chegar. Vem, por favor, me cobrar a tarefa, fiscalizar minhas orelhas, se bem lavadas…
Vem catar piolhos que nem tenho, mas você “acha” que posso ter…Me obriga levar a capa de chuva, mesmo que ela (a chuva) nem tenha ainda dobrado a esquina.
Volta, mãe! Mesmo que seja pra me puxar orelhas, dar uma coça educativa, sem direito à proteção dos “direitos humanos”. Não será isso que me causará traumas, nem me levará a trabalhar nas novelas da globo.
Você faz falta, mesmo com seus exageros…Hoje entendo que eram por puro amor. Volta, mãe! …Eu preciso de você! Mas se você já tiver voltado, e estiver num dos nossos pequeninos, dê um sorriso pra mim, deixa eu te ver no fundo dos olhos daquela criança.
E que ela me abençoe com um olhar que tanto me marcou. Um beijo, mãe!!!! EU TE AMO!