Os médicos do Estado de Victoria, na Australia, estão em alerta com a propagação de uma doença conhecida como Úlcera de Buruli, que é gerada por uma bactéria “comedora de carne”.

A Úlcera de Buruli ganhou as manchetes dos jornais após gerar proporções consideradas epidêmicas. Houve um aumento de 400% nos casos só nos últimos quatro anos. Foram registrados em 2017 mais de 271 casos, o dobro que foi registrado e 2016.

A doença

A Úlcera de Buruli é provocada por uma bactéria chamada Mycobacterium ulcerans, mais encontrada em áreas tropicais, incluindo África Ocidental e Austrália. Ao infectar a pele, a bactéria libera constantemente substâncias e toxinas que degradam os tecidos, destruindo a pele, vasos sanguíneos, musculatura e tecido de gordura.

A doença normalmente acomete os membros superiores e inferiores, mas qualquer parte do corpo pode ser infectada, inclusive o rosto , onde leva à desfiguração facial.

Um artigo recente publicado na revista Medical Journey of Australia, comenta que as políticas públicas precisam melhorar urgentemente as questões de implementação para solucionar a evidente epidemia.

As autoridades afirmam que mais de R$ 4,78 milhões foram gastos em pesquisas para combater a doença, além de massiva publicidade para conscientizar as pessoas dos riscos.

A grande dificuldade é que a Úlcera de Buruli envolve um tratamento difícil, onde o paciente precisa de 6 a 12 meses para recuperar totalmente das úlceras. Existem casos que há indicação de cirurgias plásticas reparadoras.

Contágio

Na África, onde se tem o maior contágio da doença, existe grande umidade, que geram maiores riscos de transmissão, por serem ambientes ideais de proliferação da bactéria – em água parada.

A grande surpresa nos casos da Austrália se dá no fato de que os pacientes contraíram a doença na costa, local com águas em constante movimento pelas ondas.

Apesar de sintomaticamente parecida, a doença não tem conexão com a Leishmaniose.

* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Informações:Jornal Ciência