Uma descoberta abriu caminho promissor para a cura do Alzheimer segundo cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Segundo os cientistas um hormônio produzido durante exercícios físicos pode recuperar a memória e levar à melhora do Alzheimer, ou a possível e tão esperada cura da doença.
O estudo
Cobaias foram sujeitas a uma ginástica na piscina uma hora por dia, cinco vezes por semana, esse tratamento fez com que o desempenho dos camundongos no teste de memória melhorassem sensivelmente.
Todas as cobaias tinham Alzheimer e os cientistas notaram que depois de cinco semanas em treinamento na piscina, os efeitos da doença praticamente desapareceram.
A mudança de comportamento das cobaias é devido a um hormônio descoberto há seis anos: a irisina.
Conhecida pelos cientistas pelo efeito de reduzir as reservas de gordura, o novo estudo mostra o poder da irisina quando ela chega no cérebro.
Ela fortalece as sinapses, que são os prolongamentos dos neurônios, responsáveis pela conexão entre as células – função prejudicada nas pessoas com Alzheimer. A irisina favorece esta conexão e as informações são registradas na memória.
Um grupo de cobaias produziram a irisina durante a atividade física, outro grupo recebeu uma substância sintética que imita o hormônio, ambos resultados foram iguais.
Um estudo foi publicado na revista “Nature medicine” ele foi desenvolvido por 20 pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e cinco colaboradores estrangeiros.
O medicamento
Segundo os pesquisadores um remédio com este hormônio poderia anular os efeitos nocivos do Alzheimer.
A fabricação do medicamento ainda vai demorar um pouco, pois depende de testes em seres humanos. Mas podemos começar a produzir esse hormônio agora, é só não ficar parado.
“O exercício físico induz a produção de irisina no nosso corpo. Então, a gente pode usar isso a nosso favor para que a gente consiga evitar ter perda de memória e doença de Alzheimer no futuro”, explicou o também neurocientista Mychael Lourenço.
Com informações: G1