Pesquisadores dos Estados Unidos publicaram um estudo na revista científica PLOS Medicine, com o objetivo de identificar estratégias de bom custo-benefício capazes de melhorar a saúde dos americanos.
O estudo simulou o que aconteceria se o sistema de saúde dos EUA cobrisse 30% dos custos da população com alimentos saudáveis.
Ou seja o estudo sugere que o caminho para cortar gastos bilionários com a saúde é incentivar as pessoas terem uma alimentação mais saudável e que o sistema de saúde participe ativamente desse processo.
Cenários
O estudo propoem dois cenários:
O primeiro seria um benefício do governo que daria um subsídio de 30% dos gastos das pessoas com frutas e verduras.
No segundo o benefício seria extendido para a inclusão de cereais integrais, óleos vegetais e oleaginosas (nozes e castanhas).
Os resultados apontam que ambas as situações seriam positivas. Considerando o número atual de beneficiários, o primeiro plano (que cobria só frutas e verduras) evitaria, ao longo de 18 anos, 1,93 milhão de casos de doença cardiovascular e 350 mil mortes. Já o segundo, que incluía mais alimentos fontes de fibras e gorduras boas, seria capaz de prevenir 3,28 milhões de episódios de infarto e derrame, além de 120 mil diagnósticos de diabetes e 620 mil mortes em quase duas décadas.
No quesito econômico, ambos os modelos reduziriam a utilização dos serviços de saúde. A economia anual para o governo seria de US$ 40 bilhões no primeiro caso, e de US$ 100 bilhões no segundo. Nada mal, né?
“Encorajar pessoas a comer de forma saudável, prescrevendo alimentos para isso, poderia compensar tanto ou mais do que outras intervenções, como medicamentos para controlar a pressão alta ou o colesterol”, comentou, em nota, Yujin Lee, uma das autoras do estudo. Segundo ela, a prescrição alimentar está sendo cada vez mais considerada nos Estados Unidos, e já há estudos sendo feitos para implementar a medida.
Com informações:Super Abril