Um estudo, realizado no Brooklyn College e publicado no periódico Psychology and Aging, afirma que a felicidade na terceira idade pode ser prevista por dois fatores: a quantidade de amigos que você tem aos 20 anos e a qualidade das suas amizades após os 30 anos.
Pesquisadores analisaram mais de 200 pessoas desde as décadas de 70 e 80, para chegarem a essa conclusão.
A pesquisa pediu para que os participantes escrevessem em um diário todas as suas interações sociais durante duas semanas no mês- dessa forma havia um registro de quando tinham idades entre 20 a 30 anos.
Eles teriam que fazer anotações do número de pessoas com quem interagiam, a intimidade que tinha com elas e descrever se os encontros eram prazerosos.
A pesquisa foi concluída quando os participantes chegaram aos 50 anos e passaram por testes que mediram seus níveis de depressão, solidão, saúde e bem-estar.
Ter um número mais alto de interações durante os 20 anos previa um maior bem-estar aos 50. Mas durante os 30, não era a quantidade e sim a qualidade das amizades que era um indicativo de felicidade – até os 50 anos.
Evidente, que é uma amostragem pequena, pouco variada e a vida adulta em 2018 é diferente do que era nos anos 80. Se contarmos como interação as vezes em que falamos com nossos amigos, WhatsApp e redes sociais nos permitem multiplicar por várias vezes a quantidade de conversas que temos.
No entanto se os padrões se mantiverem, com as proporções devidamente guardadas, eles ainda fazem sentido: aos 20 anos ainda estamos nos conhecendo, então faz sentido ter um grande grupo de amigos neste processo.
Aos 30 muita gente casa, tem filhos, está em uma posição de destaque na carreira e começa a ter um papel mais definido. E está tudo bem – é completamente normal e faz parte de uma vida feliz.
Texto originalmente publicado no The Cut, livremente traduzido e adaptado pela equipe da Revista Saber Viver Mais.