Por: Revista Saber Viver Mais
A polêmica criada em torno da marca de esponja de aço “Krespinha”, fez com que a fabricante Bombril retirasse o produto de circulação.
Acusada de raciscmo
A empresa é acusada de racismo nas redes sociais, os usuários do Twiter afirmaram que o produto remetia aos cabelos crespos, o assunto ficou entre os mais comentados nas redes sociais nesta quarta-feira (17).
A empresa emitiu um pedido de descupas à sociedade, e decidiu retirar de seu portifólio de produtos a esponja de aço Krespinha, entretanto a empresa explicou que a divulgação do item não se tratava de lançamento ou reposicionamento de produto.
“A Bombril decidiu que vai retirar, a partir de hoje, a marca Krespinha do seu portfólio de produtos. Diferentemente do que foi divulgado, não se tratava de lançamento ou reposicionamento de produto. A marca estava no portfólio há quase 70 anos, sem nenhuma publicidade nos últimos anos, fato que não diminui nossa responsabilidade. Mesmo sem intenção de ferir ou atingir qualquer pessoa, pedimos sinceras desculpas a toda a sociedade”, escreveu a Bombril
A esponja não é um produto novo no mercado!
Entretanto um usuário lembrou que o produto não é novo, em 1952 já havia a esponja no mercado e trazia a imagem de uma criança negra e fazia alusão a seu cabelo.
A “krespinha” não é um produto novo no mercado. Em 1952, uma esponja de nome idêntico era vendida no país e usava o desenho de uma menina negra em seus anúncios. Alheia aos crescentes debates sobre racismo, a @BombrilOficial resolveu relançar o produto, mantendo o nome original. pic.twitter.com/MqJ1b4lEDu
— yasmin santos (@yasminsmp) June 17, 2020
Marcas e o racismo
Ao redor do mundo, produtos acusados de racismo vêm sendo reformulados ou retirados do mercado, na esteira dos protestos antirracistas após a morte do americano George Floyd, um homem negro que foi morto por um policial nos Estados Unidos. Sua morte desencadeou protestos em todo o mundo contra o racismo e a violência policial.
A decisão da Bombril acompanha, portanto, esse movimento internacional. Entretanto não é de hoje que marcas e produtos são acusados de fazer mensão ao racismo. Quem não se lembra do famoso cigarrinho de chocolate da Pan, que estampava a imagem de um garoto negro segurando um cigarrinho.
Nos Estados Unidos, a Quaker Oats Company anunciou, que também está aposentando a marca e o logotipo do xarope para panquecas Aunt Jemima (Tia Jemima, em português), com mais de 130 anos, reconhecendo que suas origens são baseadas em um estereótipo racial.
“Enquanto trabalhamos para progredir em direção à igualdade racial por meio de várias iniciativas, também devemos examinar com atenção nosso portfólio de marcas e garantir que elas reflitam nossos valores e atendam às expectativas de nossos consumidores”, disse a empresa de propriedade da Pepsi, em comunicado.
Respeito e valorização
Por fim a Bombril pontuou que o mundo, cada vez mais, está cobrando das empresas e das intituições o respeito e a valorização da diversidade. “Não há mais espaço para manifestações de preconceitos, sejam elas explícitas ou implícitas. A Bombril compartilha desses valores”, afirmou.
Ao final, a Bombril ainda anunciou que vai rever toda a comunicação da companhia, “além de identificar ações que possam gerar ainda mais compromisso com a diversidade”, finalizou o comunicado.
Veja o comunicado:
Comunicado: pic.twitter.com/K4fXGOSTUr
— Bombril (@BombrilOficial) June 17, 2020
Com informações:BBC