Uma das surpresas da canonização da Santa Dulce dos Pobres foi a aparição da aposentada pernambucana Marise Araújo Jorge de Mendonça, de 54 anos. Ela tem dois filhos e é casada com o maestro José Maurício Moreira, o homem que foi agraciado com o milagre que tornou a baiana a primeira brasileira a ser santificada pela Igreja Católica.

Marise participou da missa celebrada no Vaticano, na manhã do último domingo (13) e, juntamente com o marido, encontrou-se com o Papa Francisco no dia anterior. “Ele é lindo, um verdadeiro pai. Foi muito amoroso, carinhoso e atencioso conosco.

Nós fomos surpreendidos com esse chamado”, comenta Marise sobre o pontífice. Marise participou também de outras atividades referentes à canonização, incluindo a missa que foi realizada na Basílica de Sant’Andrea della Valle, em Roma, no dia 14 de outubro, celebrada pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. “Foi muito emocionante. Pude sentir a presença de Deus e de Irmã Dulce entre nós”, disse, entre lágrimas. A presença ativa de Marise na canonização de Irmã Dulce é justa. Foi através dela que o milagre ocorrido com José Maurício tornou-se público.

Segundo ele, foi a esposa quem o avisou que no site das Obras Sociais tinha um espaço para o relato de devotos e de possíveis miraculados. “Eu me lembro como se fosse hoje do momento em que ela me deu esse alerta e nós mandamos juntos a mensagem.

Eu fui falando e ela foi digitando no computador tudo que eu dizia, enviou o texto. Fizemos isso sem nenhuma pretensão, pois nem lembrávamos que faltava apenas o reconhecimento de um milagre para que Irmã Dulce virasse santa”, diz José Maurício.

A primeira pessoa que José Maurício enxergou ao recuperar a visão foi a esposa. Quando se conheceram, ele já era cego, portanto, jamais tinha visto o rosto dela. Para o maestro, esse foi um dos momentos mais marcantes após o milagre.

(Foto: Arquivo Pessoal)
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Fonte: G1/BA