Por: Revista Saber Viver Mais
Uma pesquisa produzida pela Universidade de Campinas (SP), em parceria com a Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp, o Laboratório de Ciência e Tecnologia de Polímeros (área das engenharias) e o Laboratório de Biotecnologia (área da saúde), conseguiram produzir um novo biomaterial que ajuda na regeneração de ossos humanos.
A pesquisa desenvolvida foi publicada recentemente na revista Journal of Applied Polymer Science, considerada uma das mais conceituadas e com grande vizualização internacional da área.
O novo biomateriaal se trata de uma membrana de poliuretano que não apresenta níveis tóxicos em contato com osteoblastos in vitro, ou seja, tem boa interação com células envolvidas na formação dos ossos do corpo humano.
A membrana é um tipo de rede muito fina, estruturada para permanecer temporariamente no corpo.
Ela dará suporte para o crescimento de novas células até que a regeneração do tecido esteja completa, logo depois vai se degradando ao longo do processo, até que desapareça por completo.
Biomateriais são desenvolvidos em laboratórios e comumente utilizados na área da saúde para substituir total ou parcialmente tecidos ou órgãos do corpo humano que tenham perdido suas funções.
Os mais comuns atualmente são os polímeros e os metálicos, já que também são capazes de estimular a regeneração de um tecido danificado.
Por incrível que pareça a ideia surgiu a partir de uma conversa na sala de café da Faculdade.
Foi no momento do café que Laís Pellizzer Gabriel, da área de Engenharia de Manufatura e Augusto Ducati Luchessi, professor de Biologia Celular e Molecular se conheceram pessoalmente e começaram conversas que possibilitaram o início da parceria para a pesquisa.
“O momento do café serve para espairecer um pouco das horas seguidas de forte concentração no laboratório e normalmente é quando os encontros e diálogos acontecem e as novas ideias surgem. Foi assim que aconteceu conosco”, conta Laís.
Toda pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e pelo Fundo de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão da Unicamp (FAEPEX).
Esse é o primeiro passo de uma investigação científica que vai exigir mais investimento para novos testes, para ser testado em humanos e animais, até que finalmente o produto possa chegar ao mercado.
Com informações: Unicamp
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