Conhecimento

Câncer de rim ganha destaque em O Outro Lado do Paraíso

No capítulo desta sexta feira(16 de março), a personagem de Julia Dalavia (Adriana), será diagnosticada com o câncer de rim, após exames que levantaram a suspeita.

Com a ajuda do nefrologista Marcos Vieira, presidente da Fundação Pró-Rim, vamos tentar explicar o que é o câncer de rim, quais seus sintomas e como lidar com ele, do diagnóstico precoce ao tratamento. Confira:

O que é

As células do rim por algum motivo, perdem sua função original e começar a se multiplicar aceleradamente.

Essas células aos pouco vão tomando conta do rim, correndo risco de se espalharem para outros lugares no corpo, tornando o caso bem mais grave.

O Câncer de rim, normalmente ocorre em pessoas em idade mais avançada, porém existe possibilidade de acometer adultos jovens como a Adriana de O Outro Lado do Paraíso.

“Cerca de 3% de todos os cânceres são de rim. Ele não é o mais comum, mas exige atenção”, afirma Vieira.

A enfermidade costuma atacar somente um rim. Entretanto, é possível que a doença atinja os dois lados.

Sintomas do câncer de rim

• Sangue na urina
• Dor na lateral do abdômen

Só que muitos paciente não apresentam esses sintomas. Em geral, quando aparecem de forma mais intensa o tumor já evoluiu muito.

Na novela a própria Adriana (Júlia Dalavia), nunca havia reclamado de desconfortos. A pessoa as vezes só nota a manifestação da doença com as metástases, ou seja, dos pedaços do câncer que se espalharam para outras partes do corpo.

Quando a metástase por exemplo atinge os pulmões, é possível sofrer com tosse seca, falta de ar e cansaço.

Diagnóstico

Para aumentar as chances de sucesso  do tratamento é muito importante  detectar o precocemente a doença. Sim, câncer de rim tem cura.

Mas como pegar o problema no começo se ele nem sempre dá sinais?

“O ideal seria incluir nos checkups um ultrassom abdominal. Esse exame pode levantar a suspeita para vários problemas, entre eles um tumor no rim”, informa Vieira.

É importante que pessoas com fatores de risco, como hipertensão, tabagismo ou doença renal crônica, realize testes como ultrassom.

Outra faixa de risco são pessoas com histórico familiar também devem se consultar com um profissional de saúde periodicamente.

Se esse exame apontar algum nódulo ou massa anormal, o médico provavelmente vai pedir uma tomografia computadorizada para confirmar o diagnóstico. Biópsias também podem ser realizados.

Fatores de risco e causas

• Casos de históricos familiar
• Hipertensão
• Tabagismo
• Obesidade
• Pacientes com insuficiência ou doença renal crônica em uso de hemodiálise

Prevenção

A recomendação geral é basicamente seguir um estilo de vida que afasta a pressão alta e o ganho de peso. Alimentação adequada, sem muito sal, e exercícios físicos são ótimos nesse sentido.

Além disso, fique longe do cigarro. Até porque ele causa outros tipos de tumor, como de pulmão. O acompanhamento médico é outra forma de ao menos diagnosticar a enfermidade cedo.

Tratamento

O tratamento depende da extensão do câncer de rim. Se o tumor estiver localizado, pode ser removido do órgão ou mesmo rim inteiro.

Às vezes, o oncologista pode recomendar sessões de quimioterapia para exterminar células malignas que não apareçam dos exames. Se tudo der certo, é uma questão de esperar um tempinho (no máximo, cinco anos) para confirmar a cura.

Se o paciente tiver  outro rim saudável, pode é inclusive seguir com a vida numa boa, geralmente sem necessidade de hemodiálise.

Agora, caso a retirada do órgão comprometa demais a filtragem do organismo, o indivíduo terá de recorrer a máquinas que fazem o trabalho de hemodiálise.

Na novela O Outro Lado do Paraíso, esse caso vai ocorrer com a personagem Adriana. Após uma cirurgia de emergência, ela se submeterá a sessões de hemodiálise para sobreviver.

Às vezes, o paciente vira um candidato ao transplante de rim. “Mas ele só pode fazer isso se estiver realmente curado do câncer”, avisa Vieira.

E quando o câncer se espalha para outras partes do corpo? O tratamento se torna mais complexo.

Há drogas que freiam o avanço da doença, por exemplo. E, mais recentemente, a imunoterapia trouxe resultados muito interessantes para determinadas pessoas. Cada opção deve ser discutida com o profissional de saúde.

* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Com informações: Saude.abril

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