Uma pesquisa, publicada recentemente na revista Proceedings da National Academy of Sciences, mostrou uma cepa de gripe que compartilha os mesmos genes que causaram a pandemia da gripe suína em 2009.
Esse estudo de uma década mostra que esse vírus é uma real ameaça e pode se tornar uma nova pandemia.
O vírus é uma combinação de três cepas da gripe: uma de aves europeias e asiáticas, que causaram o surte da gripe suína de 2009. Outra cepa é de uma gripe norte-americana que possui genes de vírus de gripe aviária, humana e de porco.
Segundo o alerta dos pesquisadores essa nova cepa representa grande ameaça se transmitida para os seres humanos, emborar ainda não tenha ocorrido.
Ouro perigo dessenovo vírus é que ele contém partes da gripe suína de 2009, “pode promover a adaptação do vírus” que leva à transmissão de humano para humano, escreveram os pesquisadores.
Os pesquisadores destacaram a importância de tomar medidas proativas agora para proteger as pessoas contra a gripe suína, para evitar uma nova devastação como está acontecendo pela pandemia de coronavírus.
É crucial para evitas novos tipos de pandemia que se identifique o quanto antes as novas cepas de vírus em porcos.
Sabemos que o H1N1 de 2009 foi causada por um vírus da gripe A que emergiu de porcos. O que sabemos é que esses animais servem de reservatório para doenças infecciosas, pois podem ser infectados com cepas de aves, porcos e influenza humana.
Quando várias cepas de influenza infectam o mesmo porco, os vírus podem trocar e substituir genes, um processo conhecido como “rearranjo”, levando à criação de uma nova doença.
A equipe de pesquisadores chineses responsáveis por este estudo tiveram como objetivo identificar esses tipos de vírus potencialmente perigosos, nunca antes vistos em porcos. Foram mais de 179 cepas de vírus em populações de suínos chinesas, porém essa cepa de 2009 foi a que mais se destacou.
A nova cepa foi chamada de gripe G4 EA H1N1, o vírus atingiu uma escala maior na população suína desde de 2016, segundo o estudo- é “o genótipo predominante na circulação em porcos detectados em pelo menos 10 províncias”, escreveram os pesquisadores.
O vírus foi testado em laboratório, e descobriu-se que ele se reproduz no sistema respiratório, se espalha entre os animais através de pequenas partículas transportadas pelo ar. Outra espécie que já se descobriu que transmite facilmente o vírus são os furões, uma espécie que os cientistas costumam usar como um indicador de quão ruins podem ser os vírus nos seres humanos. (Os furões apresentam sintomas de gripe semelhantes aos humanos quando infectados.)
“O controle dos vírus G4 EA H1N1 predominantes em porcos e o monitoramento rigoroso em populações humanas, especialmente os trabalhadores da indústria suína, devem ser implementados com urgência”, escreveram os pesquisadores.
Os chineses hoje, tem a maior população suína do mundo, são cerca de 310 milhões, segundo estatísticas. Por esse motivo a monitoração é constante para se encontrar doenças emergentes antes que elas se tornem uma doença em potencial
“A vigilância sistemática dos vírus influenza em porcos é essencial para o alerta precoce e a preparação para a próxima pandemia potencial”, escreveram os pesquisadores por trás do novo estudo.
Um sistema de vigilância semelhante também existe para os coronavírus. Os cientistas acreditam que o novo coronavírus, conhecido SARS-CoV-2, saltou para pessoas de morcegos, provavelmente por meio de uma espécie animal intermediária.
Com informações:Revista Saber e Saúde
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