Uma descoberta de cientistas brasileiros pode revolucionar o tratamento do Autismo. Eles conseguiram – em laboratório -, reativar neurônios de pacientes que têm o transtorno.
O que vem preocupando os medicos é o crescimento no diagnóstico do autismo no mundo nas últimas décadas. A proporção que chegou a ser de 1 caso para cada 500 crianças, hoje chega a níveis alarmantes de 1 um caso para 68 crianças.
Mas uma pesquisa realizada no Laboratório do Dr. Alysson Muotri, na Califórnia, em colaboração com a USP (Universidade de São Paulo), que acaba de ser aprovada internacionalmente, pode dar esperança a muitas famílias que convivem com o autismo.
Segundo os cientistas, a raiz do transtorno pode ser o astrócito, uma célula que serve de apoio para o bom funcionamento dos neurônios.
Segundo a Dra. Patrícia Beltrão Braga (responsável pela pesquisa), o astrócito é uma célula que dá uma “mãozinha” para uma célula do sistema sanguíneo, um vaso sanguíneo e a outra “mãozinha” para um neurônio. É como se fosse uma ponte para um neurônio se alimentar, para o que ele tem que fazer. Na hora que a gente olhou essa célula, a gente percebeu que – na verdade – o problema é o astrócito, não o neurônio; se a gente olhar só para o neurônio, se quiser consertar só o neurônio, não vai funcionar.
Em testes in vitro os cientistas usaram astrócitos de pessoas saudáveis e implantaram em células cerebrais extraídas de indivíduos com autismo, e conseguiram reativar o funcionamento dos neurônios. O tratamento pode estar disponível para uso em pacientes no prazo de dois anos.