Criar e educar os filhos não é tarefa fácil. As cenas de escândalo em lugares públicos, as malcriações com os avós e a bagunça no quarto são atitudes que incomodam a maioria dos pais. Apesar desse comportamento ser desagradável, pesquisadores encontraram um ponto que pode favorece as crianças: ser teimoso ou insubmisso na infância pode tornar o indivíduo mais bem-sucedido no futuro.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores acompanharam 700 crianças entre 8 e 12 anos por décadas, até tornarem-se adultas com mais de 40 anos. A pesquisa, publicada no periódico Developmental Psychology, coletou informações pertencentes ao banco criado pelo estudo MAGRIP, realizado no país europeu de Luxemburgo.
As primeiras avaliações foram realizadas em 1968, quando os participantes foram submetidos a testes que mediam sua personalidade, de acordo com aspectos como ganância, desobediência e consciência sobre a importância do estudo.
Em 2008, os cientista voltaram a analisar os voluntários, observando informações como suas aquisições profissionais e acadêmicas e o salário que ganhavam quando se tornaram pessoas de meia-idade.
Aqueles que atingiram níveis mais altos nos critérios considerados na infância ganhavam mais dinheiros por serem mais insistentes em condições desfavoráveis, como ao negociar salários ou aumentos?, revelaram os autores do estudo.
Os resultados mostraram que crianças teimosas eram as que ganhavam melhores salários na fase adulta e tinham maior sucesso acadêmico. Esse sucesso se deve a facilidade de dizer “não” e a firmeza naquilo que desejam, por isso os teimosos tendem a ser mais competitivos na escola e, na fase adulta, mais exigentes em uma negociação salarial.
Contudo, a pesquisa também aponta a possibilidade dessas pessoas mais obstinadas recorrerem a atos antiéticos para conquistar o que desejam. Além disso, mostra que aspectos como inteligência e a classe social dos pais também beneficiam o futuro dessas crianças.
* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.
Fonte:Minha Vida