Uma pesquisa apresentada recentemente na conferência feita pela Associação Americana do Coração, com sede nos Estados Unidos, trouxe resultados alarmantes quanto ao uso de medicamentos que aliviam os sintomas de azia e refluxo.
Os medicamentos chamados Inibidores de Bomba de Protóns ou (IBP), podem estar aumentando o risco de um acidente vascular cerebral isquêmico.
O pesquisador, Dr. Thomas Sehested, da Danish Heart Foundation, na Dinamarca, afirmou que esses fármacos os IBP, têm sido associados a funções vasculares insalubres, incluindo ataques cardíacos, doenças renais e demência.
Esses medicamentos estão entre os mais prescritos nos Estados Unidos e estão amplamente disponíveis sem receita médica, no Brasil também pode se comprar esses medicamentos também sem receituário.
Cerca de 85% de todos os acidentes vasculares cerebrais (AVC) são isquêmicos. Em outras palavras, ocorrem quando um coágulo de sangue bloqueia a artéria que fornece sangue ao cérebro. O estudo descobriu que os pacientes que tomaram IBP apresentaram um risco 21% maior de AVC isquêmico do que aqueles que não o fizeram.
A analise desse estudo foi baseada nos registros médico de aproximadamente 245 mil adultos dinamarqueses que foram submetidos a endoscopias para encontrar a causa das suas dores estomacais ou indigestão.
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Eles tinham a idade média de 57 anos, quando o estudo teve início. Quando os pesquisados retornaram para um seguimento após seis anos, cerca de 9.500 deles tinham enfrentado um acidente vascular cerebral isquêmico pela primeira vez durante os anos intermediários.
Dr. Sehested, juntamente com seus colegas de pesquisa, avaliaram os registros para ver se os acidentes vasculares cerebrais ocorreram enquanto eles estavam tomando qualquer um dos quatro medicamentos mais prescritos, ou seja, Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol e Esomeprazole.
Esta avaliação levou à conclusão de que os adultos que fizeram uso dessas medicações, foram 21% mais propensos a sofrer um acidente vascular cerebral isquêmico em comparação com aqueles que não tomaram. O estudo também estabeleceu que aqueles que tomaram doses mais altas tinham entre 30% e 94% mais probabilidades de sofrer um AVC isquêmico.
Como este estudo foi puramente observacional, não há ainda uma causa e efeito comprovados entre o uso dos remédios e o aumento do risco de AVC.
No entanto, seus pesquisadores sugeriram que os pacientes que utilizam devem fazê-lo com cautela. Seus médicos também devem considerar se o uso é garantido, bem como a duração do tratamento.
* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.
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