Por: Revista Saber Viver Mais
É sabido que no Brasil a principais fontes de energia usadas, são a hidráulica, o gás natural, o petróleo e o carvão mineral.
Porém essas fontes de energia se tornam cada vez mais poluentes e ameaçam a natureza, com emissão de gases estufa, poluição do ar e até chuva ácida.
Entretanto o estado do Ceará, apresenta uma alternativa que demonstra respeito ao meio ambiente, uma usina de ondas começou a ser instalada em 2012 em Porto de Pecém, localizada no município de São Gonçalo do Amarante.
O projeto começou após a parceria entre os pesquisadores da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ), e o financiamento da Tractebel Energia (atual ENGIE) e o apoio do Governo do Estado do Ceará. A empresa privada chegou a investir R$ 15 milhões no empreendimento, mas após o fim do contrato em 2016, o projeto foi paralisado.
Em 2017, o então coordenador da usina e professor Segen Estefen retomou os experimentos no Ceará, com previsão de conclusão total prevista para 2020. Hoje, entretanto, a coordenação também foca na construção de uma usina de ondas no Rio de Janeiro, desta vez, em parceria com a Furnas e com a Seahorse Wave Energy.
Espera-se gerar 100 quilowatts da usina de Porto de Pecém, a previsão é que abasteça o principal porto cearense (energia que pode abastecer até 60 famílias locais). Por ter o movimento das ondas como principal fonte, a energia ondomotriz é limpa e renovável – não causando, assim, danos ao meio ambiente.
O processo tem tudo para obter sucesso, pois tem um grande potencial, uma vez que o Brasil possui um vasto litoral e a constância dos ventos alísios, principalmente no litoral cearense.
Construída em módulos, a usina é formada por um flutuador um braço mecânico e uma bomba conectada a um circuito de água doce. Com o movimento das ondas, os flutuadores, acionam as bombas hidráulicas, que por sua vez fazem com que a água doce circule em alta pressão e depois transporte para um acumulador, onde a agua e o ar são comprimidos em uma câmara hiperbárica.
A água sai desse acumulador com pressão e vazão e movimentam a turbina, que aciona o gerador e produz energia elétrica. A maior diferença para energia hidráulica: em vez da água ser aproveitada na queda, ela é pressionada em um circuito fechado.
Via:Casa Abril
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