Por: Revista Saber Viver Mais
Um estudo publicado na revista “International Journal of Cancer”, sugere que tingir e alisar os cabelos com frequência pode se tornar perigoso.
O estudo investigou a relação dos procedimentos ao aumento de casos de câncer de mama nos ultimos anos, segundo os cientistas do Instituto Nacional de Saúde dos EUA disseram que mulheres afro-americanas estão no grupo de risco.
“Observamos um risco aumentado de câncer de mama associado ao uso de químicos para alisamento e tintura, especialmente entre mulheres negras. Estes resultados sugerem que o uso destes produtos podem ter um papel importante no desenvolvimento da doença”, disseram os pesquisadores em um comunicado.
Os cientistas avaliaram a relação entre o risco da doença com produtos responsáveis por fazer alisamentos, permanente e tintas colorantes, no cabelo de mais de 50 mil mulheres americanas com idades entre 35 e 74 anos .
Mais de 50% das particapantes informaram na pesquisa ter feito algum dos procedimentos esttéticos no último ano. Dentre as pesquisadas o grupo de mulheres negras, teve a maior concentração: ao menos três quartos disseram ter alisado os cabelos com química no mesmo período.
O período de pesquisa durou cerca de 6 anos, foram 2.794 participantes diagnosticadas com câncer de mama e destas, foram cerca de 55% que disseram aos pesquisadores que usavam produtos para estética capilar com frequência.
A frequência com que os procedimentos eram feitos foi apontado como fator determinante pelos cientistas: mulheres que tingiram o cabelo uma vez a cada um ou dois meses apresentaram um risco de 60% maior de ter câncer de mama.
18% dos casos investigados foram relacionados com o uso de produtos para alisamento, que segundo o estudo, são mais usados por mulheres negras, ao menos 74% delas disseram usar o produto enquanto apenas 3% das mulheres brancas reconheceram alisar os cabelos com química.
O câncer de mama é considerado o tipo de cêncer mais comum ntre as mulheres no mundo todo, dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), apontam que no ano passado, foram quase 60 mil novos casos só no Brasil.
Ele é relativamente raro antes dos 35 anos. Acima desta idade, sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.
Infelizmente a prevenção do câncer de mama não é totalmente possível, por ter vários fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis.
De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores. Alimentação, controle do peso e atividade física podem reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver o câncer de mama.
O diagnóstico precoce é fundamental. Isso porque o câncer de mama metastático pode ocorrer em decorrência da evolução de um câncer de mama detectado e tratado em estágio anterior ou em função do diagnóstico tardio da doença. A realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos é importante para que o câncer seja diagnosticado precocemente.
É muito importante para a mulher realizar o autoexame, para que ela conheça bem o seu corpo e perceba com facilidade qualquer alteração nas mamas e assim procure rapidamente um médico.
Vale lembrar que o autoexame não substitui exames como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biopsia, que podem definir o tipo de câncer e a localização dele.
Com informações: G1
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