Ninguém pode ser um grande estrategista, capaz de elaborar projetos que se sustentem a médio e longo prazo, se reagir por instinto, impulsivamente, se viver aprisionado pelas armadilhas mentais.
Pessoas que reagem assim não estão preparadas para dirigir uma empresa ou uma instituição, quanto mais a própria vida. Mas podem se reinventar se aprenderem a gerir sua emoção.
Deveríamos treinar diariamente a habilidade de pensar nas consequências de nossos comportamentos.
Aprender a recolher as armas durante os focos de tensão e frustração, a não ser escravo da ditadura da resposta imediata e, acima de tudo, a se dar o direito de pensar antes de reagir é vital para desatar cárceres psíquicos, construir respostas brilhantes e edificar relações saudáveis.
Grande parte dos seres humanos tropeça nessa empreitada, incluindo intelectuais e líderes mundiais.
Lendo uma reportagem sobre a corrida presidencial americana de 2016, percebi que um candidato que esperava ser nomeado pelo Partido Republicano, Jeb Bush, tropeçou dramaticamente na TGE que estamos discutindo.
Uma jornalista lhe perguntou: “Se soubesse o que sabemos hoje, você autorizaria a invasão ao Iraque?”. Foi o irmão de Jeb, George W. Bush, quem patrocinou a invasão e cometeu um desastre internacional, em que milhares de vidas foram ceifadas.
Jeb, que foi um governador eficiente da Flórida, não monitorou sua emoção naquele momento e rapidamente respondeu que “sim”. E, tenso, para defender sua impulsividade, acrescentou que sua oponente, Hillary Clinton, faria o mesmo.
Ainda que estivesse convencido de sua resposta, Jeb deveria não ter se submetido à ditadura da resposta e dito: “Tomar a decisão de invadir uma nação e provocar uma guerra tem custos existenciais e emocionais altíssimos, sem falar nos financeiros.
Não posso lhe dar uma resposta para essa pergunta em poucos segundos”. Por, equivocadamente, acreditar que a lentidão em responder não faz parte das características esperadas de um grande líder, muitos não pensam antes de reagir e cometem erros crassos.
Pegos de surpresa, às vezes falam até o oposto daquilo em que acreditam. Jeb Bush reviu sua resposta posteriormente, mas o estrago na sua imagem já tinha sido feito.
Você não é obrigado a responder rapidamente a filhos, parceiro, amigos, colegas de trabalho. É melhor se passar por lento do que falar bobagens ou tomar atitudes impensadas.
Ser instintivo depende da carga genética, não demanda transpiração nem treinamento; já controlar o instinto animal, superar a ditadura da resposta, se interiorizar e pensar antes de reagir são funções complexas, não cognitivas, que devem ser treinadas com frequência ao longo da vida.
Se feita com disciplina, essa TGE constrói uma plataforma de janelas saudáveis que promovem a inteligência sócio emocional.
Sob o ângulo da gestão da emoção, forte não é quem mostra força física, e sim força intelectual; não é quem grita, mas quem expõe suas ideias de forma branda; não é quem pressiona para subjugar os outros, mas quem usa o diálogo para influenciar pessoas e lhes dá o direito de criticar.
A força produz bajuladores, a inteligência produz amigos; o poder cultiva servos, porém só o diálogo produz mentes livres. O que você tem cultivado?
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