Uma estudante corajosa falou sobre os sintomas que sofreu antes de ser diagnosticada com leucemia para aumentar a conscientização sobre a forma agressiva de câncer.
Shannon Vincent, 22, do Pais de Gales, teve a vida de cabeça para baixo quando foi levada às pressas para o hospital, onde foi diagnosticada leucemia linfoblástica aguda.
Há pouco mais de uma semana, Shannon foi ao médico depois de ter dores de cabeça e pressão alta, explicando a rapidez com que tudo aconteceu, ela disse:
“Fui ao médico na sexta-feira, estava com o um ritmo cardíaco acelerado, falta de ar e dores de cabeça. Eu pensei que provavelmente estava anêmica.
Na consulta, checaram meus batimentos cardíacos e disseram que eu precisava ir ao hospital para ser examinada o mais rápido possível, já que poderia ser um coágulo.
Chegando ao hospital, coletaram meu sangue, fizeram uma radiografia no tórax. A próxima coisa que me lembro de ter sido constatado que realmente estava anêmica, mas havia algo estranho no sangue.”
Não muito tempo depois um especialista veio e me disse que era bem provável que eu estivesse com leucemia. Eu senti como se minha cabeça tivesse explodido. Câncer? Eu? Eu sou nova demais!
O resto do dia foi um borrão, disseram-me que tinha que ficar no hospital e fui encaminhado ao hospital, em Cardiff, onde recebi uma transfusão de sangue e me disseram que tinha que ficar indefinidamente.
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Eu nunca tinha ficado em um hospital antes e fiquei apavorada. Eu tenho lutado com ansiedade a vida toda, então eu simplesmente não sabia como lidar com isso.
Terça-feira eu fiz um teste de medula óssea para determinar que tipo de leucemia eu tinha, eu estava com medo disso. Envolveu ter uma agulha inserida no osso do seu quadril e sugar um pouco da medula. “
Devido a quimioterapia Shannon decidiu cortar os cabelos antes de começar o tratamento.
“Foi naquele dia que decidi cortar meu cabelo e fazer um corte de cabelo como eu sempre quis, já que vou perder todo o meu cabelo de qualquer maneira. Me senti liberta, foi o melhor dia que eu tive no hospital até agora.
Se engana quem acha que a jovem abusou da juventude antes do diagnóstico: “Eu nunca fumei, ou bebi demais, ou usei drogas. Eu sou o tipo de pessoa que adia tomar um analgésico para dor de cabeça. É um câncer que é mais comum em crianças e jovens adultos. Agora, estou esperando pela quimioterapia e estou muito assustada. Não sei como lidar com doenças e tenho fobia de vomitar, o que não ajuda“, desabafou Shannon.
Apesar da difícil batalha que a jovem enfrentará, ela está grata pela ajuda dos parentes e amigos: “Eu sou muito grata pelos meus amigos e familiares, eles estão aqui todos os dias e fazem o impossível por mim“.
Agora, Shannon quer alertar outros jovens adultos sobre os possíveis sinais de alerta — e também enviar a mensagem que o câncer não discrimina.
“Espero passar por isso e voltar a minha vida normal. Eu tinha planos de ir para a universidade em setembro, mas vou precisar de mais tempo. Eu só quero que mais pessoas prestem atenção aos seus corpos já que isso pode acontecer com qualquer um, independente de idade ou saúde. Ninguém deveria passar por isso“.
Texto originalmente publicado no Mirror, livremente traduzido e adaptado pela equipe da Revista Saber Viver Mais