Por: Dr.Victor Sorrentino
A melatonina, há bem pouco tempo, era conhecida como “o hormônio da juventude”. Isso porque, a partir dos 40 anos, a capacidade do organismo produzi-la por conta própria diminui consideravelmente. Não é por acaso que as dificuldades para dormir aumentam com o tempo.
Totalmente relacionada ao sono, a melatonina passou a ser produzida em uma versão sintética e comercializada nos Estados Unidos e na Europa. No Brasil, a sua manipulação e venda ainda não é autorizada, porém, é possível importá-la munido de receita médica.
No entanto, ainda existe muita desinformação sobre a suplementação da melatonina e sua função no organismo. Por isso, hoje vamos conversar sobre esse tema.
O que é melatonina?
A melatonina é um hormônio produzido durante o dia pelo nosso trato digestivo – em especial pelo intestino – e durante a noite pela nossa glândula pineal, presente no cérebro. É durante a noite que a melatonina exerce sua função mais importante: a regulação do sono.
É por isso que, durante a noite, sentimos o organismo diminuir o ritmo. Diminuem os batimentos cardíacos, diminui o nível de estresse, a pressão e a temperatura corporal, sempre de acordo com a redução da luz natural. A melatonina interage com outros hormônios que conduzem ao sono, completando o ciclo circadiano.
A produção da melatonina inicia com a chegada da noite e atinge seu ápice quando o corpo adormece. A volta da claridade, ao amanhecer, reduz os níveis de melatonina e sinaliza ao corpo que está na hora de acordar.
Diversos órgãos do corpo possuem receptores para a melatonina. Por isso, além de ajudar o organismo a dormir melhor, ela pode ter funções de regeneração celular e anti-inflamatórias.
Por que algumas pessoas precisam suplementar melatonina
Além do avanço da idade, fatores da vida moderna influenciam negativamente na produção desse hormônio. Você já deve ter ouvido falar que não é saudável dormir com a luz acesa ou com a televisão ligada e, provavelmente, sabe que o ideal é evitar o uso do celular durante um bom tempo antes de dormir.
Ocorre que essas luzes emitidas confundem o cérebro e atrapalham a produção da melatonina. Assim, atrapalham também a regulação do sono e sua qualidade.
Os grupos que mais sofrem com a baixa produção de melatonina são:
- Idosos;
- Trabalhadores noturnos;
- Viajantes que precisam se adequar a diferentes fusos horários em um período de tempo muito curto;
- Pessoas acometidas pela cegueira, pois não percebem a luz da mesma maneira;
- Quem prefere dormir tarde e acordar tarde.
O ideal é que, desde a infância, sejamos acostumados a ter uma rotina de sono saudável, sem os maus hábitos do quarto com televisão ou mesmo dormir com a luz acesa. Cabe ao médico indicar a suplementação desse hormônio e orientar seu uso.
Fonte: Dr. Victor Sorrentino
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