Por: Revista Saber Viver Mais
Você já deve ter ouvido falar da expressão orelha de abano. Ela é usada para se referir, pejorativamente, à orelha que se afasta da cabeça. Apelidos ofensivos e baixa autoestima são situações que pessoas com essa deformidade enfrentam todos os dias. Mas um produto recém-registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) promete acabar com esse estresse.
EarWell é o nome da novidade que se popularizou em consultórios médicos da Europa e dos Estados Unidos e que, agora, chega ao Brasil. O médico Krishnamurti Sarmento, titular da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia, explica:
“É um produto para moldar a orelha de quem nasce com alguma deformidade. É usado no primeiro mês de vida da criança, quando a orelha dela ainda está mole”.
Esse novo tratamento aproveita a fase de desenvolvimento do bebê, quando ainda circulam no corpo dele os hormônios maternos, o que deixa a orelha mais mole e permite que ela seja moldada. Mas os pais não precisam se preocupar com o incômodo dos filhos, pois o EarWell não provoca dores e dificilmente deixa os pequenos angustiados. “A gente passa um álcool ao redor da orelha da criança para aplicar o molde, e ela costuma reclamar muito mais desse líquido gelado do que do produto em si”, conta Krishnamurti.
É importante saliente que o tratamento só funciona se for aplicado nas primeiras semanas de vida do bebê. “É muito comum chegarem crianças de 2 ou 4 meses, porque os pais não tiveram tempo de vir próximo ao nascimento. Mas já não dá mais, porque se perdeu a janela dos primeiros dias de vida. Aí só com cirurgia, anestesia e corte, depois dos sete anos de vida.”
Em caso de malformações, quando partes da orelhas estão faltando, o tratamento com EarWell não é indicado.
Após o médico aplicar oproduto, o bebê fica com ele 24h por dia. A cada duas semanas em média, os pais vão ao consultório para trocar o molde. Durante esse tempo o EarWell vai moldando a orelha do bebê, que ainda tem a cartilagem mole e bem maleável. Ao final de 4 a 6 semanas, o tratamento está concluído
Se o tratamento for instituído nas primeiras 3 semanas a possibilidade de sucesso é de 90% de sucesso.
Da terceira a quarta semana, 70% de sucesso. Após quatro semanas, cerca de 50% de correção. Após 6 semanas de vida o molde não é recomendado.
Durante as primeiras semanas de vida os pacientes aceitam bem a presença do dispositivo. Para a instalação geralmente uma pequena área de tricotomia (corte de cabelo) é necessária na região periauricular. A pele é higienizada e o dispositivo é então colado por adesivos especiais, e adaptado conforme o tipo de deformidade. Os pacientes usam o dispositivo por 24 horas diárias, este é reaplicado se o adesivo afrouxar. Os pacientes são seguidos semanalmente após a iniciação, o dispositivo é aberto e higienizado, e a forma do orelha checada a cada retorno. Ao final do tratamento, a criança é mantida com pequenas fitas de retenção por mais duas semanas. O tempo médio de tratamento é de 33 dias. A presença do dispositivo geralmente não incomoda o paciente. Irritação da pele ou ulceração podem acontecer, e nesse caso o dispositivo é removido.
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