Conclave mergulha nos bastidores da sucessão papal, revelando o que se esconde sob a superfície solene da Capela Sistina. Dirigido por Edward Berger, o filme transforma o conclave em um campo de batalha silencioso entre fé e poder, onde cada cardeal carrega segredos, contradições e ambições cuidadosamente disfarçadas de devoção.
Mais do que um drama litúrgico, Conclave é um thriller psicológico sobre instituições que se sustentam em códigos de silêncio, aparências virtuosas e jogos políticos refinados. Ralph Fiennes lidera um elenco de peso, dando vida a um personagem dividido entre a espiritualidade e a dura realidade de um sistema corrompido pelas próprias estruturas que tenta preservar.
Com direção precisa, estética sóbria e atuações densas, o filme evita respostas fáceis. Em vez de oferecer heróis ou vilões, expõe humanos confinados — física e moralmente — em um ritual que diz mais sobre o mundo real do que gostaríamos de admitir. No fim, a tão esperada fumaça branca não traz certezas, mas sim novas camadas de dúvida sobre quem realmente detém o poder.
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