O Brasil está praticamente a 4 meses com a economia estática, e sem um consenso quanto a reabertura do comércio. Uma das causas é a falta de possibilidades para testes na população, isso faz com que a incerteza aumente. Mesmo sem esse protocolo de testes, existem munícipios liberando a volta de serviços não essenciais, o que pode trazer mais descontrole para a doença que já fez 41.000 vítimas no país.
Em um país com proporções continentais como o Brasil, essa falta de testar a população pode se tornar um problema em grande escala. Entretanto uma parceria entre o laboratório brasileiro Mendelics e o Hospital Sírio-Libanês, traz uma grande esperança. Um novo teste para identificar a presença da SARS-CoV-2 com muito mais facilidade do que o tradicional.
O #PareCovid, é um exame identifica a carga viral por meio de um teste molecular que reconhece o material genético do vírus. Diferentemente dos testes mais comuns como são o RT-PCR e os rápidos, esse novo exame utiliza reagente e equipamentos amplamente disponíveis no mercado.
O exame utiliza a saliva como material de exame, enquanto os demais testes no mercado nacional utilizam a secreção nasal ou o sangue do paciente, é uma grande vantagem, já que a confiabilidade é a mesma do padrão ouro.
Outra grande vantagem desse exame é a proteção dos profissionais da saúde, haja vista não haver a necessidade de contato entre o profissional e a pessoa suspeita de estar com o vírus. O resultado fica pronto em 1 hora, garantindo agilidade para processar os exames.
“Esse modelo nos permite realizar os testes sem os insumos que estão em falta. Até agora, todos os exames eram feitos com a haste flexível nasal, colocado em um líquido conservante. Há uma falência completa da cadeia desses suprimentos, o que limita a realização de amostras em escala”, diz David Schlesinger, presidente e fundador da Mendelics.
O valor do teste gira é de 95 reais contrasta com outros testes do mercado, que giram de 240 a 470 reais. A Mendelics, prevê que com a ampliação dos para empresas que tem parceria, se possível processar pelo menos 1 milhão de testes pos dia. Hoje o país realiza no máximo 25.000 testes diariamente.
Um projeto piloto está sendo conduzido com 50.000 pessoas, em parceria com outras empresas. Resultados preliminares não apontaram falso positivo para esse exame.
“Assim, vamos avaliar a forma de atendimento em larga escala, incluindo a logística e o rastreamento de amostras”, afirma Laércio Cosentino, presidente do conselho da Totvs e um dos sócios da Mendelics.
A empresa também diz que vai liberar os protocolos do teste, assim que a fase piloto for concluída, ou seja qualque laboratório poderá replicar o método. Tudo isso visando reduzir a taxa de infecção no país pelo Covid-19.
“O país vive um momento da pandemia em que ou conseguimos mapeá-la ou não conseguiremos ter um impacto na inclinação da curva. O momento é crítico. Precisamos saber onde o vírus está para proteger a população e isso só vai funcionar se fizermos milhões de testes e não milhares”, afirma Luiz Reis, diretor de ensino e pesquisa do Sírio-Libanês.
Com informações: Exame
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