Por: Dra. Evelyn Vinocur
PSIQUIATRIA – CRM 303514/RJ
Via:Minha Vida
Olá,
Responderei mais adiante como devemos proceder quando a ansiedade se manifestar com sintomas físicos desconfortáveis, a ponto de atrapalhar a nossa rotina diária.
Medo x ansiedade – a diferença entre medo e ansiedade é apenas teórica. A ansiedade é aquela sensação vaga e difusa que nos leva a enfrentar com sucesso as situações agradáveis ou não da vida. Já o medo, também uma reação normal, difere da ansiedade por estar ligado a uma situação ou objeto específico que apresenta perigo real ou imaginário, nos levando a evitá-lo por medo, como em um assalto, onde ficamos mais vulneráveis.
A ansiedade é um estado emocional que faz parte das experiências da vida humana. Ela será ‘normal’ se não causar sofrimento ao indivíduo, sendo inclusive propulsora do desempenho nas atividades diárias, como a ansiedade que deixa a pessoa alerta durante uma prova. Em contrapartida, a ansiedade será patológica quando ocorrer em momentos que não se justificam ou quando for tão intensa/ duradoura que acaba interferindo com as atividades normais do indivíduo, causando sofrimento e limitação ao indivíduo, como no caso de uma pessoa que por estar tão ansiosa não consegue se concentrar para terminar um relatório importante no trabalho. Os distúrbios de ansiedade são o tipo mais comum de distúrbios psiquiátricos.
Sintomatologia: sensação de inquietude, aceleração do pensamento, ineficiência de agir, aumento da sensação de perigo e incapacidade de se livrar dele. Impaciência, agitação, falta de atenção e concentração, dormência/formigamento, incapacidade de relaxar, medo que aconteça o pior, atordoamento/tonteira, palpitação/aceleração do coração, pressão no peito, bolo na garganta, falta de ar, falta de equilíbrio, zumbido, boca seca, vista turva, sentir-se aterrorizado, nervoso, sufocado, assustado, com calor, suor (não devido ao calor), rubor facial, medo de perder o controle, dificuldade de respirar, tremor, indigestão/desconforto, dor no abdômen, náusea, diarréia, dor de cabeça, medo de morrer etc.
Quando esses sintomas persistem eles podem formar um círculo vicioso, aumentando ainda mais a ansiedade e as limitações de vida. Esta ansiedade, se não tratada corretamente, tende a cronificar e a agravar ao longo dos anos, aumentando a ansiedade, tendência ao isolamento e ao surgimento de Depressão, além de vários outros problemas emocionais e físicos.
Assim, quando a ansiedade superar a capacidade de adaptação da pessoa ou quando ela persistir por muito tempo, algumas providências devem ser logo tomadas, sem dúvida: procurar o psiquiatra e um clínico geral:
– fazer uma autorreflexão para a identificação e controle dos estressores diários.
– Identificar os possíveis gatilhos e como manejá-los
– buscar novas atitudes diante da vida
– alimentar-se de forma saudável (abolir uso de álcool, fumo etc)
– fazer atividade física (caminhada, pedalar, academia, dança, lutas, yoga, meditação etc)
– dormir direito (higiene do sono)
– proporcionar-se mais momentos de lazer/prazer
Importante: O psiquiatra lança mão dos medicamentos antidepressivos, que além de tratarem a depressão, são excelentes no tratamento da ansiedade. Os benzodiazepínicos podem ser usados somente no início do tratamento.
** Jamais, em nenhum momento, lançar mão da automedicação.
** Procure médicos da sua confiança.
Fonte:Minha Vida
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